O CESIS participou na Conferência Europeia “Advancing Gender Training to Support Effective Gender Mainstreaming” promovida pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género, realizada a 13 e 14 Novembro de 2012, em Vilnius, Lituânia. Esta conferência teve como principais objectivos: proporcionar uma plataforma de trabalho em rede e de partilha de informação e de boas práticas entre instituições europeias, Estados Membro, formadoras e formadores em igualdade de género e investigadoras/es no mesmo domínio; contribuir para o aprofundamento do debate sobre o desenvolvimento de princípios de qualidade na formação em igualdade de género; e considerar formas de fortalecer a capacidade de pessoas políticas de implementar a estratégia do mainstreaming de género na Europa e Estados Membro. De facto, esta conferência veio proporcionar uma partilha efectiva de formas de se ‘fazer’ formação em igualdade de género visando o desenvolvimento de capacidades e de competências de quem a ministra mas também de quem busca na formação a aquisição de competências quanto ao mainstreaming de género. Foi, pois, muito debatido este último conceito, tanto ao nível das suas implicações e processos – nomeadamente motivação e compromisso político efectivo e efectivado em recursos de ordem vária – como dos seus resultados. Parece, pois, estarmos face a uma alteração do nosso próprio entendimento tanto da operacionalização do mainstreaming de género (instrumentos facilitadores) quanto do seu teor (conteúdo, conhecimento e estratégia). Agnés Hubert veio reafirmar que a igualdade de género é, acima de tudo, um valor da União Europeia, um princípio a promover, que é condição delimitadora do acesso a Estado Membro, necessita ser transposta para a prática e essa é, sobretudo, uma prática de mainstreaming em todas os domínios e políticas da União Europeia. Não mais podemos aceitar que valores caros à União Europeia, como sustentabilidade, segurança e democracia, não integrem a perspectiva e dimensão de género; são, logo, valores onde faz todo o sentido aplicar o mainstreaming de género. Entre outros aspectos, ressalvou-se a persistência de um gap considerável entre a definição de políticas e a prática. E um momento de crise é, também, um momento de uma maior exigência quanto à efectivação da igualdade de género.